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ELEIÇÕES 2022: Teresa Surita usa redes sociais como estratégia para conquistar público mais jovem

Atualizado: 14 de jul. de 2022

Por: Aysha Estrada, Camilla Salustiano, Fernanda Fernandes, Fernanda Vasconcelos, Maria Cecília Veloso e Yohanna Emmelly


O perfil no Instagram da pré-candidata ao Governo de Roraima conta com 158 mil seguidores


Foto: Divulgação


Em ano de eleições, é de costume os candidatos divulgarem suas campanhas em mídias, como televisão, rádio e até mesmo em folhetos. Apesar dos meios tradicionais de comunicação terem bastante impacto no voto dos brasileiros, outra ferramenta para promover os pleiteados tem chamado atenção: a rede social.


A pré-candidata ao Governo de Roraima, Teresa Surita (MDB), utiliza esse meio de comunicação como uma forma de estratégia, para chamar a “atenção” do público jovem. O seu perfil no Instagram conta com 158 mil seguidores, mais que o triplo de pessoas que acompanham o atual governador do estado, Antônio Denarium (PP).


Na rede social, Surita explora vários recursos que podem despertar o interesse dos usuários, tais como vídeos curtos, postagens interativas com o público e filtros próprios para stories. Além disso, a pré-candidata participa de tendências da rede social e utiliza de uma linguagem lúdica, fazendo referências aos assuntos do momento, como uma postagem com o mesmo visual da série da Netflix, Stranger Things.

Foto: Instagram


Além do Instagram, Teresa está presente em outras redes sociais, como Twitter, Facebook, Youtube e TikTok. Também criou grupos de conversa no WhatsApp e Telegram para que os integrantes acompanhem as principais notícias sobre sua pré-candidatura.


Nesse sentido, cabe a pergunta: as redes sociais influenciam no voto dos eleitores? De acordo com a pesquisa do Instituto DataSenado, a resposta é afirmativa. O levantamento apontou que, das 2,4 mil pessoas entrevistadas, 45% afirmou ter decidido o voto nas eleições de 2018 levando em consideração informações vistas em alguma rede social.


Quanto mais alta a faixa de idade, maior o percentual de entrevistados que afirmaram utilizar sempre a televisão como fonte de informação. Por outro lado, para o Instagram e YouTube, o padrão é inverso: quanto mais baixa a faixa de idade, maior o percentual de entrevistados que dizem usar sempre essas redes sociais como fonte de informação, segundo o DataSenado.


Para o universitário de 22 anos, Matheus Moura Souza, o processo para escolher em quem votar inclui a análise dos posicionamentos políticos do candidato e como ele se comporta nas redes sociais.


“Para mim, na escolha do voto é necessário analisar os posicionamentos políticos dos candidatos em relação às causas e demandas sociais, especialmente a valorização do que é público. Além disso, o passado deles, se há antecedentes de corrupção ou não. Dependendo dos posicionamentos do candidato nas redes sociais, eu posso mudar minha opinião sobre ele, tanto para melhor como para pior”, explica Matheus


Questionado sobre como enxerga Teresa Surita, a única pré-candidata ao Governo de Roraima que ele acompanha nas redes sociais, o jovem afirma que “ela se preocupa muito com as mídias sociais e as usa em seu benefício, o que acredito ser uma boa jogada. Sobre a imagem que tenho dela, até que condiz bastante, embora eu veja diferentes problemas em seu modelo de gestão, ela parece ser transparente em relação às suas alianças e posicionamentos políticos”.


O profissional de Marketing Político, Luiz Petri, acompanha o perfil de Teresa Surita nas redes sociais desde 2016 e explica que ela investe nesse modelo de autopromoção desde então.


“A imagem dela se aproximou à de uma jovem, ela se tornou uma adolescente de 65 anos para o público. A equipe da Teresa investiu na internet para que as pessoas consigam se identificar com ela, e assim se tornou uma pessoa bem vista para os jovens”, disse.


Foto: Divulgação


Ao contrário de Denarium, que já foi condenado cinco vezes por propaganda eleitoral antecipada, Teresa nunca foi acusada do crime, apesar de seu perfil no Instagram conter postagens diárias sobre as principais conquistas das últimas gestões como prefeita de Boa Vista, capital roraimense, e coberturas dos encontros que faz em outros municípios.


“Até então, eu não vejo nada que infrinja as leis eleitorais, porque ela está muito bem assessorada juridicamente. A Teresa não pede voto, mas pede apoio. Ela utiliza de palavras chaves interessantes, como quando diz que não realiza ‘comícios’, mas sim ‘encontros”, afirmou.


Entretanto, para o profissional, o perfil de Teresa está voltado até demais para o público jovem. “Acho que o público mais velho já tem um pouco mais de receio por ser tão moderno, e com isso falta uma pitada de tradicional nas redes sociais dela, tem muito de uma coisa e pouco de outra”, constatou.


O pensamento do marquetólogo condiz com a opinião de Nazide Silva, servidora pública de 48 anos. A usuária de algumas redes sociais, como Instagram, afirma que o conteúdo de Teresa Surita não representa sua preferência de um candidato ideal para governo. “A pré-candidata não me representa. Não gosto da forma de gestão dela e acho o conteúdo das postagens muito apelativo, não condiz com o modelo de governar dela”, pondera.



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* Conteúdo experimental desenvolvido na disciplina de JOR53 - Jornalismo Especializado I.


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