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Meninas debatem fake news e desinformação em encontro nacional

Realizado virtualmente, o "Encontro Nacional de Meninas" discutiu letramento digital no combate às fake news. O evento foi promovido pela Plan International Brasil com apoio do Fundo de População da ONU (UNFPA).


De acordo com um estudo realizado com 26 mil meninas e jovens mulheres de 15 a 24 anos em 26 países, incluindo o Brasil, nove em cada dez (87%) disseram que as fake news afetaram negativamente suas vidas. Uma a cada três (35%) relata que as informações falsas estão afetando sua saúde mental, deixando-as estressadas, preocupadas e ansiosas. No Brasil, esse número chegou a 46%.


"Meninas, protagonismo e liderança são palavras que devem estar cada vez mais entrelaçadas", enfatizou Astrid Bant, representante do UNFPA no Brasil.

Legenda: "Meninas, protagonismo e liderança são palavras que devem estar cada vez mais entrelaçadas", enfatizou Astrid Bant, representante do UNFPA no Brasil. Imagem: reprodução

Em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (UNFPA) e por ocasião ao Dia Internacional da Menina, celebrado dia 11 de outubro, a Plan International Brasil realizou na terça-feira (19) o Encontro Nacional de Meninas, que teve como tema “letramento digital no combate às fake news”.


A Plan International Brasil desenvolve programas e projetos com o objetivo de capacitar e empoderar crianças e adolescentes em suas comunidades. Para a diretora executiva, Cynthia Betti, é muito importante que meninas estejam no centro das discussões da organização: “a gente acredita muito nesse movimento, de que a gente é capaz de criar e de impactar o mundo onde vivemos por meio da atuação de meninas, tendo-as como protagonistas”.


Para Astrid Bant, representante do UNFPA no Brasil, “ações como esta são fundamentais para contribuir com a ampliação de oportunidades para que as meninas possam discutir e criar soluções digitais inovadoras para um futuro mais igualitário".


Durante o encontro, meninas e jovens foram divididas em grupos para discutir sobre o papel do combate das fake news na era da informação. A jovem Nalu Oliveira, que faz parte do Engajamundo e do Observatório da Juventude do UNFPA, compartilhou que mulheres são as mais afetadas pelas crises, consequentemente, também são impactadas pela desinformação:


“Estamos sempre na linha de frente e somos as primeiras a sentir na pele, então também somos as primeiras a sentir na pele a desinformação. Como indivíduo, temos o papel de ler e checar a notícia antes de compartilhar”. Ela complementa: “A gente também pode apoiar movimentos e organizações que cobram e monitoram empresas que monetizam sites de fake news”.

Violência digital contra meninas - A discussão sobre combate às fake news e desinformação também se alinha à afirmação global do UNFPA. No dia 11 de outubro, em declaração, a diretora executiva do Fundo de População, Dra. Natalia Kanem, chamou atenção para meninas que são deixadas para trás pela discriminação etária e de gênero.


“As tecnologias digitais têm suas desvantagens. As meninas com acesso a tecnologias enfrentam riscos crescentes de várias formas de ciberviolência. O acesso para meninas com deficiência continua insuficiente e a disponibilidade de idiomas locais é muito limitada. Essas questões também refletem desequilíbrios prejudiciais de poder entre os gêneros. Vamos aplicar essas tecnologias para ajudar as meninas a conquistar seus direitos e garantir sua autonomia corporal”. Natalia Kanem, diretora executiva do UNFPA.

Fonte: ONU


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