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Lideranças indígenas mostram sua potência compartilhando vivências no Path Amazônia

Programação do festival está cheia de oportunidades para entender a fundo as necessidades dos povos originários.


A Amazônia entra em foco na próxima edição do Festival Path, maior plataforma de inovação e criatividade do Brasil. Entre os dias 30 e 31 de outubro, o evento discute emergência climática, sustentabilidade e preservação deste bioma tão necessário para conter a crise ambiental que estamos vivendo.


Além de sua importância como reguladora das temperaturas e absorção das emissões de gases provocadores do efeito estufa, a Amazônia é morada. Lar de inúmeras espécies de animais e plantas, a floresta é mantida de pé – apesar do desmatamento intensificado dos últimos anos – pela ação de lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas e de ativistas que entendem sua importância global.

Crédito: Alícia Peres | Divulgação Escritor, ambientalista e conferencista indígena, Kaká Werá compartilha no Path sua visão sobre nosso planeta como morada.

A programação do Path Amazônia chega finíssima com boas oportunidades para entender a fundo as necessidades desses povos e pesquisadores que se dedicam a frear a derrubada da floresta.


Em “Sonhar: seus propósitos e seus desafios”, o escritor, ambientalista e conferencista indígena brasileiro Kaká Werá compartilha sua visão sobre nosso planeta como morada. Com origem no povo tapuia, o estudioso destaca diversos aspectos nesse encontro, levando em consideração a importância de reconhecermos nossa origem, nos identificando com o lugar de onde viemos.


Segundo o fundador do Instituto Arapoty, que difunde as tradições indígenas para jovens e ajuda aldeias a trabalhar de forma sustentável, um dos grandes desafios da sociedade atual é justamente ter rompido com suas raízes. Kaká Werá também discute o comportamento humano em explorar exacerbadamente nossos recursos naturais, entre outros pontos relacionados à preservação.


Autor, ativista, professor, conferencista e terapeuta há mais de 25 anos, Kaká Werá é um facilitador de processos de autoconhecimento, autoliderança e desenvolvimento pessoal, utilizando os fundamentos da sabedoria milenar da Tradição Tupi, a qual possui notória experiência e vivência. É autor de diversos livros, dentre eles os mais recentes são: “A Águia e o Colibri” (2019), escrito em parceria com Roberto Crema, e “O Trovão e o Vento”, pela Editora Polar (2016).

Crédito: Divulgação Liderança da Marcha das Mulheres Indígenas, Cris Pankararu é uma das participantes da mesa ‘Regeneração a partir do olhar da ancestralidade indígena’.

Já a mesa “Regeneração a partir do olhar da ancestralidade indígena” chega com a potência das mulheres e dos saberes da floresta. Cris Pankararu, liderança da Marcha das Mulheres Indígenas; Edina Shanenawa, Mukani Shanenawa e Daiara Tukano falam sobre as sementes que precisam ser plantadas para reflorestar as mentes da humanidade para a cura da Terra.


Com mediação da empreendedora e indigenista Maní Inu, a mesa propõe uma troca de conhecimentos a partir da cosmovisão das mulheres indígenas.


E ainda tem o painel “Retomando a conversa com os seres visíveis e os invisíveis, com os donos das matas e das águas” que é uma conversa sobre a necessidade de costurar nossas sombras sobre o planeta. A mesa é conduzida pela Dra. Sofia Mendonça, médica sanitarista, mestre em antropologia e coordenadora do Projeto Xingu, programa de extensão universitária da Unifesp.


Trabalhando com saúde e povos indígenas desde 1981, Dra. Sofia propõe reflexão sobre os caminhos para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável e como isso depende de ouvirmos mais, pensar junto com os povos indígenas e estratégias de retomar a conversa com os seres visíveis e os invisíveis, que regem as matas e as águas.

Crédito: Helio Carlos Mello/Projeto Xingu | Divulgação Dra. Sofia Mendonça, médica sanitarista e coordenadora do Projeto Xingu, em oficina culinária na aldeia Tubatuba, do povo Yudjá.

As inscrições para o Path Amazônia estão abertas pelo site ondemand.festivalpath.com.br. Neste ano, o evento sobre inovação, diversidade e sustentabilidade tem ingresso solidário, mas o público poderá contribuir com o valor que desejar ou assistir gratuitamente. Saiba mais no site e nas redes sociais oficiais do evento.


Fonte: Catraca Livre

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