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Coiab luta contra o genocídio indígena

MPF acata denúncia da Coiab e solicita abertura de inquérito policial para investigar Coordenador da Funai no Vale do Javari por crime de genocídio contra povos isolados.

Indígenas Kanamari durante trabalho na roça da aldeia Massapê onde vivem cerca de 200 Kanamari localizada no rio Itacoaí na TI Vale do Javari. (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)

Nesta semana, o Ministério Público Federal (MPF) informou que acatou a denúncia da Coiab e solicitou a abertura de inquérito policial para apurar crime de genocídio contra povos isolados cometido pelo Coordenador da Coordenação Regional (CR) Vale do Javari, da Fundação Nacional do Índio (Funai), no Amazonas.


No dia 22 de julho deste ano, chegou ao conhecimento da Coiab um áudio do servidor da Funai, o tenente da reserva do exército Henry Charlles Lima da Silva, incitando terceiros a atentarem contra a vida dos indígenas que vivem em isolamento naquela região, e se colocando à disposição para ir junto. Conforme o áudio revelado pelo jornal Folha de São Paulo, o servidor do órgão disse: "eu vou entrar em contato com o pessoal da Frente e pressionar: vocês têm de cuidar dos índios isolados, porque senão eu vou, junto com os marubos, meter fogo nos isolados".


Os advogados indígenas então entraram com requerimento na 6º Câmara de Coordenação e Revisão do MPF da Procuradoria Geral da República, para instauração de inquérito para apurar o cometimento de crime de genocídio contra povos isolados e para determinar o afastamento imediato de Henry Charlles Lima da Silva da sua função de Coordenador Regional da Funai no Vale do Javari, além de sua prisão preventiva.


Na semana passada, o MPF respondeu que, a partir da representação da Coiab, foi solicitada a abertura do Inquérito Policial, o qual se encontra em curso na Delegacia de Polícia Federal em Tabatinga (AM), para apurar a conduta do servidor do órgão indigenista. A Coordenação da 6º Câmara informou ainda que continuará acompanhando o caso.



Fonte: COIAB

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