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  • Foto do escritorJacildo Bezerra

Índice revela realidade da violência sexual contra crianças e adolescentes em 60 países

Atualizado: 23 de mai. de 2023

Lançamento do índice faz parte da programação alusiva ao Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes



Relatório compara situação de 60 países no que diz respeito ao enfrentamento ao abuso e à violência sexual contra crianças e adolescentes. (Ascom/MDHC)


O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) participou nesta terça-feira (16) do evento de lançamento do Índice Fora das Sombras, organizado pela Childhood Brasil, em que foram divulgados os resultados de um estudo comparativo e as mais recentes tendências internacionais voltadas para a proteção da infância e adolescência.

Nesta versão do relatório, foram comparados 60 países no que diz respeito ao enfrentamento ao abuso e à violência sexual contra crianças e adolescentes. Dentre esses países, nove estão localizados na América Latina e Caribe, representando 85% da população global infantil. Essa escolha se deu devido à grande representatividade dessas regiões. De acordo com a apresentação dos dados, o Brasil ocupa a 5ª posição, dentre os países latino-americanos, na lista das nações onde ocorrem mais violações de direitos das crianças e adolescentes no que diz respeito à violência sexual.

Durante a apresentação do estudo, a coordenadora-geral de Enfrentamento às Violências da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA/MDHC), Giuliana Hernandes Córes, destacou a parceria duradoura entre a instituição e a organização não governamental Childhood Brasil. "Costumamos dizer que a Childhood nunca deixou a peteca cair, e a elaboração dessas políticas públicas em conjunto com o Estado e o poder público tem sido constante. Esse relatório é mais um instrumento que fortalece e reforça essa parceria", afirmou Giuliana Hernandez.

Segundo Lais Peretto, diretora-executiva da Childhood Brasil, aproximadamente 400 milhões de crianças e adolescentes são vítimas de violência sexual. "Essa trágica realidade foi agravada pelo período da pandemia da covid-19, o que nos leva a questionar qual é a abordagem holística necessária para o combate a esse problema", afirmou Peretto.

Na primeira edição do estudo comparado, em 2019, foram utilizados 34 indicadores e 132 subindicadores agrupados em categorias para avaliar o nível de resposta dos países ao abuso e à violência sexual contra crianças e adolescentes. "Os três destaques desta nova edição são a prestação de serviços, a recuperação das vítimas e os procedimentos judiciais", ressaltou Peretto.


Relatório 2022

O índice é um estudo que busca estimar o número de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil, levando em consideração tanto os casos reportados às autoridades quanto os casos não reportados, que estão "nas sombras". Ele utiliza uma metodologia complexa e abrangente, combinando dados oficiais, pesquisas acadêmicas, informações de serviços especializados, relatos de vítimas e outras fontes relevantes.

O leitor pode escolher três modalidades de relatórios - Global, Regional e do Setor Privado - ainda optar pela língua de sua preferência (inglês, espanhol ou francês).

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