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Luta contra o Tabagismo: métodos e tratamentos

Atualizado: 17 de set. de 2019

Por: Luiza de Lucas.


Foto: Luiza de Lucas

No dia 31 de maio é comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco, foi criado para conscientizar a sociedade dos malefícios que o tabaco pode vir a trazer ao corpo, e mostrar os benefícios de uma comunidade livre do tabagismo e cigarros.


Para isso, há um vasto leque de opções de tratamentos para cortar o fumo. Alguns envolvem o tratamento com a nicotina como adesivos, gomas de mascar, pastilhas, spray nasal que contêm essa substância, mas da mesma forma que o cigarro ela pode causar dependência, por mais que seja uma quantidade bem menos significativa comparada ao de um cigarro. O tratamento com o antidepressivo bupropiona também é recorrente. Lembrando que todo tratamento com medicamentos devem ser indicados apenas por profissionais médicos.

Paradas abruptas e graduais


Além de tratamento com essa e outras substâncias, também há os sem medicamentos, como a parada abrupta. Neste caso, como se trata de um método definitivo, é necessário o acompanhamento psicológico, pois causa lapsos intensos de ansiedade e possível ganho de peso, já que o paciente corta de vez o uso e acaba por substituir o costume de fumar pelo alimento. Para falar mais sobre isso, selecionamos um podcast do portal Saúde Brasil com o tema “Parar de fumar engorda?”, onde trazem profissionais da medicina e da psicologia para falar sobre o assunto. Confira:



Há também a parada gradual, que consiste no adiantamento de duas horas do primeiro cigarro do dia que com o tempo, leva ao corte permanente dele. Com o comprometimento regrado, pode parar de fumar em até oito dias. Como por exemplo:


Primeiro dia- ao acordar uma pessoa acende o cigarro as 8am;

Segundo dia- a pessoa adianta de duas horas o primeiro cigarro do dia, acendendo assim somente as 10am;

Terceiro dia- acende o cigarro as 12pm, e segue esse cronograma até o oitavo dia, que vai ser o primeiro sem cigarro. Mas não se sinta culpado em eventualmente voltar ao hábito no dia seguinte, você deve se permitir recomeçar.


Há diversas maneiras de utilizar a parada gradual, esse exemplo é ilustrativo, mas você pode criar seu próprio método de acordo com seu tempo e rotina, mas é sempre recomendado um psicólogo para estes processos.


Via: https://saudebrasilportal.com.br/eu-quero-parar-de-fumar/quer-parar-de-fumar-tres-metodos-diferentes-para-escolher

Outra maneira gradual é o uso da Kumbayá, um conjunto de ervas naturais (que podem ser plantadas em casa ou compradas) que auxilia a aliviar a ansiedade de fumantes de tabaco/nicotina. Tem origens em religiões xamânicas em geral, que utilizavam da fumaça como uma representação da vontade divina, e também utilizava das ervas naturais como oferendas para os espíritos e fins ritualísticos. Consistem basicamente em calêndula, sálvia, jasmim, camomila, rosas, menta, lavanda, dentre diversas outras ervas a sua escolha.


O uso dessas ervas naturais pode guiar ao corte definitivo do fumo em geral da vida do fumante, se ele assim desejar e tiver acompanhamento profissional. A Kumbayá, como qualquer outro fumo, é nocivo por causa da fumaça, todo tipo de fumo faz mal a saúde devido altas temperaturas e o fator respiratório e pulmonar.


Outras maneiras de diminuir o uso do cigarro é primeiramente procurar frequentar locais onde é proibido fumar, e também evitar gatilhos como bebidas alcoólicas e café. Tirar os cinzeiros da casa, colocar um móvel onde você costumava ir dentro da sua casa para fumar, a limpeza geral desse ambiente é necessária para sua nova rotina.

Tratamento gratuito



O Ministério da Saúde, por meio do SUS, oferece desde 2002 tratamentos para o tabagismo. Além de médicos e psicólogos, contam com enfermeiros, terapeutas, fisioterapeutas e dentistas. Após passar pela avaliação, o paciente pode ter consultas individuais ou em grupos de apoio. Para saber mais, se informe sobre os horários de tratamento do tabagismo em postos de saúde perto de onde você frequenta, ou procure o responsável por esse setor do seu estado ou município.


Além do ganho de peso, há outro fator importante a ser considerado no tratamento do antitabagismo: a idade do paciente. Em entrevista realizada pela Rádio Cidade Caratinga FM, o médico oncologista Dráuzio Varella e o pneumologista Daniel Deheizelin falam sobre a síndrome da abstinência em perfis de jovens e pessoas de idade.



Maria do Socorro (56), professora, e Sérgia (53), servidora pública são irmãs que fumaram por cerca de 70 anos somados entre as duas. Maria decidiu ir até um posto de saúde solicitar o tratamento pelo programa antitabagismo do SUS, e recebeu recursos como a bupropiona, adesivo e goma de mascar de nicotina, além do acompanhamento e orientação da médica responsável pelo programa naquela unidade. Socorro disse que a presença da profissional foi indispensável em sua trajetória.


- Teve uma coisa que eu acho muito importante, mais do que todos esses materiais (bupropiona, adesivo e goma de mascar). Ela me disse o seguinte, que quando eu tivesse a fissura, a vontade louca de fumar, que eu segurasse por cinco segundos e repetisse pra mim que aquilo ia passar, e passava. - conta Socorro - Eu acho que isso foi fundamental, porque na hora da fissura não tem ninguém pra te segurar, você tira o adesivo e fuma.

Maria do Socorro disse que antes de cortar o cigarro de vez, já havia tentado tratamento em outra unidade porém teve uma recaída, e por isso, diz que a orientação da profissional de esperar cinco segundos durante a ansiedade de fumar foi essencial. A professora está sem fumar desde março de 2017. A mesma disse que manteve sigilo por aproximadamente sete meses sobre o corte do tabaco por causa do medo da pressão externa.


Já Sérgia disse que solicitou várias vezes acompanhamento médico porém não tinha a determinação para parar de fumar, então nenhum deles foi eficaz. Quando definitivamente se sentiu motivada a parar, utilizou do bupropiona para controlar a ansiedade que a falta do cigarro fazia.


Conta ainda que um dos principais motivos da determinação foi o fato de um sobrinho seu ter sofrido um ataque cardíaco em 2015, que teve como uma das causas o fumo. A partir daí, Sérgia relata que apesar dos lapsos eventuais de vontade de fumar, nunca mais acendeu um cigarro.


As irmãs tiveram motivações distintas, em tempos distantes e casas separadas, porém o resultado foi o mesmo, as pigarras e tosses do cigarro acabaram e o cheiro do tabaco sumiu de seus semblantes. Elas cortaram o cigarro mas optaram por continuar a conviver com fumantes, ambas relataram que ganharam peso devido o corte, pois como já citado, o corte dessa substância causa um certo grau de abstinência, levando assim a vontade incessante de consumir algo.


Para consultar endereços e contatos dos Coordenadores Estaduais do Programa Nacional de Controle do Tabagismo em todo o país e ter acesso ao tratamento gratuito, clique aqui.



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