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Estresse: Uma conversa sobre a rotina do universitário

Por Winara Sales; Editora: Luiza De Lucas


O estresse é uma reação normal do nosso organismo, mas em alguns casos essa reação vai além do normal e passa a ser um estado constante na vida das pessoas. Para os universitários, com a mudança bruta de rotina, textos, prazos e inúmeras outras situações, isso passa a ter uma constância maior.


Em grandes páginas nas redes sociais de universitário para universitários há brincadeiras e memes sobre o assunto que muitas vezes é a válvula de escape de estudantes que passam pela situação da sobrecarga e tensão em época de finalização de semestre com a ideia de que o estudante passe por essa situação sem “perder a cabeça”.


Em uma pesquisa realizada com 424 mil universitários pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) no ano de 2018, 83,5% dos estudantes já tiveram algum tipo de dificuldade emocional durante o período letivo e 63,6% desenvolveram ansiedade depois que entraram na faculdade. Segundo a psicóloga Thaiana Brotto, “O estresse pode provocar diversas patologias, tanto físicas quanto psíquicas. Entre os principais problemas podemos citar ansiedade, depressão e sem contar os problemas físicos, como gastrite, baixa imunidade, doenças crônicas e etc.”


Os estudantes universitários já vêm de uma rotina exaustiva de estudos para passar nas provas de vestibular e quando entram nas universidades já entram no mercado de trabalho para conseguir experiência e ter o seu próprio dinheiro, e também tem aqueles que já tem sua própria família e precisam cuidar dos filhos, maridos e esposas.


A estudante Wanda Peres conta como é sua rotina “saio de chego no trabalho as 8h e fico até as 18h, de lá saio correndo para a faculdade pra não atrasar. As vezes tenho entrega de trabalho no primeiro tempo, mas bato ponto as 18h então tenho que me virar para chegar rápido lá. Quando eu chego em casa, só quero deitar e dormir”. Wanda também explicou a necessidade de trabalhar “meus pais moram no interior, então eu preciso trabalhar pra ajudar a me manter aqui, com aluguel, comida e transporte. ”


Quando questionada sobre o desempenho nos estudos, a estudante foi clara “sei que não consigo dar o meu melhor porque estou sempre cansada, as vezes falto aula por estar me sentindo estressada. Já até deixei de entregar trabalho por não conseguir tempo para fazer. ”


A indicação da psicóloga Thaiana Brotto, todos os nossos sentimentos, inclusive o estresse, são necessários para nós. Para administrar o estresse precisamos administrar os nossos sentimentos, “a realização de atividades prazerosas, como esportes, passeios, meditação, manter relações sociais saudáveis ou aprender algum estudo novo, são algumas soluções simples e que dão bons resultados. ” A psicóloga também indica a importância de buscar um profissional, “Se você percebe mudanças ocorrendo em sua saúde mental e emocional, não hesite em procurar ajuda de um profissional que lhe indicará o melhor tratamento e prevenção a ser feito. O psicólogo lhe fará compreender a sua causa e observar os sintomas. ”

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