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Confira os casos de Nepotismo praticados pelo clã da família Bolsonaro

Nas últimas três décadas ao menos 22 integrantes da família Bolsonaro foram nomeados para cargos públicos sem reconhecimento de mérito ou competências comprovadas.

 

Por Allyne Bentes, Laura Silvestre e Thiago Marinho*.

Infográfico representativo do levantamento realizado pelo Jornal o Globo (Reprodução / O Globo).

35% dos 286 assessores indicados por Jair, Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro durante os 28 anos de atuação no campo político, possuem algum grau de parentesco. O número corresponde ao total de 102 pessoas com laços parentais empregadas pelo clã Bolsonaro.

 

Em 39 desses casos houve indícios que tais pessoas nunca trabalharam no cargo em que foram designados. Ou seja, 13% do total de servidores, segundo aponta o levantamento do Jornal O Globo, realizado a partir de pesquisas em diários oficiais e da Lei de Acesso à Informação, durante três meses de 2019.

Ao total foram identificados 22 integrantes da própria família Bolsonaro e outras 32 famílias diferentes.

 

Dentre esses casos, o principal núcleo mapeado foi o da família do policial militar da reserva Fabrício Queiroz – ex-assessor que desde 2006 teve sete parentes trabalhando em três diferentes gabinetes do clã Bolsonaro. Recentemente foi descoberto que a funcionária Ângela Melo Fernandes, também possui parentesco com o núcleo de Fabrício Queiroz, sendo ex-cunhada do policial.

 

Em abril de 2020, os oito integrantes do núcleo de Fabrício Queiroz estavam sendo investigados pelo Ministério Público (MP-RJ), pela prática da “Rachadinha” – apropriação de parte do salário de outros funcionários – na Assembleia Legislativa (ALERJ).

 

Entres os anos de 2001 e 2015, o policial militar e atual Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jorge Antônio Francisco de Oliveira, que anteriormente ocupava o cargo de Ministro-chefe da Secretária-Geral da Presidência durante o mandato de Jair Bolsonaro, teve a mãe, o pai e a tia empregados nos gabinetes dos Bolsonaro. A tia do Ministro, Márcia Salgado de Oliveira, estava registrada na Alerj como uma das funcionárias de Flávio Bolsonaro entre os anos de 2003 e 2020.

 

“A nomeação dessas pessoas ocorreu de forma transparente e de acordo com as regras da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro” afirmou Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro.


O clã reunido. Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro (Foto: Reprodução da Internet).

Entretanto, durante um processo que tramitou no Juizado Especial da Comarca de Mesquita, em 2014, Márcia escreveu em uma procuração que sua ocupação era “do lar.” E, durante os 16 anos em que apareceu como funcionária de Flávio Bolsonaro, recebendo mensalmente 7,3 mil reais, em nenhum momento, teve um crachá de acesso emitido pela Alerj – procedimento comum entre os servidores.

 

“Todas as pessoas que foram nomeadas, na época, eram qualificadas para as funções que exerciam. Trabalharam em diferentes áreas, mas sempre em prol do mandato, tanto que as votações enquanto deputado estadual foram crescentes”, disse o advogado de Flávio Bolsonaro em na nota enviada para o Globo na época.


 

* Grupo 6. Conteúdo experimental produzido no escopo da disciplina JOR53 – Jornalismo Especializado I.

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