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Ansiedade e depressão ainda persistem em Universidades

Por: Eliane Guimarães



Foto: Internet/Pixabay


Depressão e ansiedade. Duas doenças que atingem milhares de pessoas pelo mundo. No Brasil, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados em 2017, cerca de 5,8% da população tem depressão e 9,3% é ansiosa, o que torna o país campeão mundial no índice de ansiedade.

Foto: Internet/Pixabay


Em muitos casos, a Universidade é o principal fator que desencadeia ou agrava os transtornos. A pesquisa realizada pelo Center For Collegiatte Mental Health (CCMH), nos EUA, apontou que pelo menos 20% dos universitários sofrem depressão ou ansiedade. O medo do futuro, pressão em tirar boas notas e trabalhos acumulados são alguns exemplos que podem desencadear problemas de saúde mental em muitos estudantes. Problemas esses que causam, por conseguinte, um índice acadêmico insatisfatório.


Samara Siqueira, acadêmica do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Roraima (UFRR), tem depressão desde a adolescência, e sua saúde se agravou aos 22 anos de idade, ao entrar na #UFRR. “Foi percebida e de certa forma reconhecida [depressão e ansiedade] por volta dos 15 ou 16 anos de idade. Mas se intensificou ao longo dos anos e foi tomada como uma doença na qual estava acometida e precisa de mais cuidados por volta dos meus 22 anos. Acredito que na fase universitária só intensificou e criaram novos problemas que pioraram meu quadro depressivo”. O fato de ainda não ter concluído a produção do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), também à desestabiliza mentalmente. “Não é culpabilizar todo o meu fracasso em não terminar o curso na depressão e ansiedade, na verdade não consigo separar a minha culpa individual da parte significativa da depressão. E sim, mexe muito com o meu psicológico e emocional o fato de não conseguir terminar e está apenas com três meses para isso”, conta.

Foto: Internet/Pixabay

A depressão é um transtorno depressivo que afeta o emocional das pessoas, e em seu estado mais grave, pode causar até suicídio. É considerado pela OMS o “Mal do Século”. Há indícios que a doença realiza alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, mas precisamente aos neurotransmissores, substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células, como a serotonina, noradrenalina e dopamina.


Já a ansiedade, é uma preocupação intensa e persistente em situações do cotidiano. Estar ansioso antes de uma prova, entrevista de emprego ou até mesmo para uma festa, é considerado normal, porém em excesso é classificado como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), um distúrbio de difícil controle.


A acadêmica de artes visuais, Luzia da Silva, desenvolveu a TAG ao entrar na #UFRR, devido à preocupação e acúmulo de atividades. “Antes da minha entrada na Universidade eu não era muita ansiosa como agora, acho que a pressão e exigência da instituição contribuíram para esse aumento. Eu fico até altas horas fazendo trabalho e o nervosismo de não conseguir entregar a tempo me faz até roer as unhas e me dar dor de cabeça” ela explica que a ansiedade foi uma das causas da sua hipertensão. “Inclusive, esse meu hábito de dormir tarde e acordar cedo, junto com a preocupação me tornou hipertensa; por conta disso eu já até tranquei disciplina depois que foi diagnosticada”.


Causas e sintomas


De acordo com a psicóloga Renata Hirano, a experiência dos estudantes no ensino superior caracteriza-se como um período que exige o enfrentamento de novos desafios emocionais, educacionais e sociais que devem ser acompanhados.


Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de ansiedade e depressão no âmbito universitário são: Mudanças na rotina, distância geográfica da família em alguns casos, sobrecarga de atividades, pouco tempo para lazer, expectativas quanto ao desempenho, ambiente competitivo, cobranças sociais, exigências acadêmicas e autocobrança exagerada.

Segundo Renata, esses fatores “necessitam ser investigados e compreendidos sob um enfoque interdisciplinar, uma vez que contribuem para o surgimento de uma série de indisponibilidades para com a vida acadêmica, o que pode resultar em desmotivação, transtornos emocionais, adoecimento e, consequentemente, aumento da evasão”.

Foto: Internet/Pixabay

Os principais sintomas psicológicos da ansiedade são: nervosismo, problemas de concentração, medo constante, descontrole sobre os pensamentos, preocupação exagerada, problemas para dormir, irritabilidade e agitação dos braços e pernas. A depressão, além das alterações de humor ou irritabilidade, ansiedade e angústia, ela possui outros sinais e sintomas, entre eles estão: desânimo, cansaço fácil, diminuição ou incapacidade de sentir alegria, falta de motivação, insegurança, perda ou aumento de apetite, insônia, dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos.




Prevenção

De acordo com o Ministério da Saúde, a melhor forma para prevenir a depressão e ansiedade é cuidar da mente e do corpo. Seguem abaixo algumas atitudes de prevenção:



Essas práticas mantém a cabeça ativa e o corpo saudável. Diminuir o estresse, afastar pensamentos ruins, dormir na quantidade certa, também são formas de precaver.


Apps que ajudam no combate à depressão e ansiedade


A tecnologia e a facilidade de acesso aos dispositivos moveis está aliada à diversão, entretenimento e informações. Hoje, por meio de aplicativos de smartphone já é possível também, ajudar na saúde mental das pessoas. Abaixo selecionamos quatro #apps que irão controlar a depressão e ansiedade. Lembrando que eles não substituem o atendimento com um médico especializado.


DEPREXIS - É interativo, mostra o que o usuário sente durante toda a semana e também sugere soluções baseadas em terapia cognitivo-comportamental. É aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

QUERIDA ANSIEDADE – Possui técnicas de relaxamento, vídeos com comandos respiratórios e meditação para aliviar o estresse. Disponível para Android e iOS.

SANVELLO- Monitora suas emoções, ver influências positivas e negativas, possui lembretes diários, rastreamento de humor e faz alterações que podem ajudar a mente. Disponível para Android e iOS.

GRATITUDE – Nele você escreve a cada dia um motivo para ser grato, também é possível medir o seu estado emocional. Ótimo para se autoconhecer e identificar os pontos fortes e fracos. Disponível apenas para iOS.


Atendimentos psicológicos na UFRR


Foto: Eliane Guimarães

A Universidade Federal de Roraima dispõe de dois locais para fornecer assistência aos alunos. O Serviço de Atendimento Psicológico (SAP), localizado ao lado da Unidade de Saúde, é disponibilizado para a comunidade acadêmica e geral. As sessões são conduzidas por acadêmicos do sétimo semestre de psicologia, sob a supervisão da Professora Joelma Ana Gutiérrez e duram aproximadamente 50 minutos.

O serviço funciona por ordem de chegada. Para mais informações ligue para o telefone: (95) 3623-2391 ou acesse o site. Confira abaixo os horários de atendimentos:

Segundas-feiras Quartas-feiras Quintas-feiras

8h30 às 10h - 8h30 às 10h

14h30 às 16h 14h30 às 16h -

DASP – A Divisão de Acompanhamento Social e Psicopedagógico é destinada apenas aos acadêmicos da instituição, que desejam atendimentos pedagógico, psicológico e social. É um espaço onde são realizadas escuta, acolhimento, orientação e acompanhamento. Os serviços funcionam em horário ininterrupto, das 7h às 19h, na antiga editora, anexo ao bloco IV, campus Paricarana.

Outras informações podem ser obtidas por meio do correio eletrônico: dasp@ufrr.br.

Foto: Eliane Guimarães

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