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A dupla jornada de trabalho: uma força que só as mulheres possuem

Por: Giovanna Lima / Edição: Luiza Delucas


Lauriete Aires em seu ambiente de trabalho, a sala de aula.

Encarar uma jornada de trabalho é cansativo para todos, entretanto, as mulheres atualmente precisam conciliar diversas atividades e ainda são cobradas pela sociedade a fazer tudo com perfeição e 100% de si.

Um exemplo disso: Wanilda, Tayane, Mayara, Eliane, Maria, Joana e diversas outras mulheres que lidam com cerca de oito horas de trabalho por dia e ainda têm filhos, faculdade, casa, cursos, projetos e diversos outros projetos ao longo do dia. E como será que essas tantas mulheres fazem para levar tudo isso com tranquilidade e naturalidade? Lauriete Aires é a primeira a responder, ela que casou jovem, ainda não possui filhos, mas concilia trabalho, faculdade e ainda cuidar de certas atividades domésticas. “Eu não tenho filhos, mas trabalhar o dia todo e estudar a noite é bem puxado. Este semestre tá sendo muito difícil, arranjar tempo pra fazer os trabalhos da faculdade, cuidar da casa, chegar tarde e fazer janta, tentar ter uma alimentação equilibrada, falta tempo pra conseguir fazer tudo e ainda continuar bonita”, contou.

Ela é professora de ensino infantil em tempo integral, do trabalho corre para a faculdade, e ainda arranja tempo para cuidar de si e da saúde. Ela afirma: “como mulher, esposa, dona de casa e estudante aprendi que somos 1001 utilidades e damos conta do serviço”.


"Tia Laurie", como é conhecida pelos seus alunos

Mayara Souza tem dois filhos, e o cotidiano é agitado: ela trabalha alha, cuida dos filhos e ainda consegue tempo para se divertir.

“Eu tenho uma jornada de trabalho que devo cumprir semanalmente, eu levanto às 5h para cuidar das coisas das crianças e ainda ter tempo para mim, para chegar à academia às 5h40 mais ou menos, e após isso inicío meu horário de trabalho às 8h, e isso se estende por todo o dia, por isso o único tempo que tenho é a noite, então é o meu momento de Mayara mãe, por isso acabo fazendo meus compromissos pela parte da manhã, para que a noite fique livre para dar atenção unicamente para meus filhos”, contou.

Ela tem dois filhos que tem rotinas parecidas, fazem complemento escolar pela manhã e a tarde vão para a escola, enquanto Mayara está trabalhando, o pai das crianças se responsabiliza pelo traslado. “Minha filha já tem 13 anos, então para mim a parte mais difícil é sair pela manhã e deixar obrigações para ela como almoço, ou com o irmão mais novo que tem nove anos, então para mim é difícil estar longe e não poder ajudar o dia todo, então por isso acordo tão cedo, para não deixar isso para que ela tenha que fazer”.

Já Brenda Rodrigues, 24, é a mais nova mamãe do Bernardo, que tem oito meses atualmente. Ela é pedagoga e atualmente cursa letras na Universidade Estadual de Roraima (UERR).

“A minha rotina é a seguinte: eu acordo às 6h para separar tudo que o Bernardo vai comer pela manhã, já que tenho que deixá-lo com minha prima. Eu chego às 12h30 e almoço na minha sogra, só dá tempo para fazer isso, então eu pego o Bernardo, para poder ir para meu segundo trabalho, e a tarde levo ele. É uma loucura, dou aula, cuido de criança, dou peito, etc. Às 18h saio do trabalho e vou para a faculdade, deixo tudo pronto, o suco, lanches e comidas para ele ficar com o pai. Só volto da universidade às 22h, e aí eu vou passar roupas, corrigir tarefa, fazer plano de aula, ou trabalhos da faculdade e acabo indo dormir bem tarde. No outro dia é tudo de novo”.


Brenda em um momento descontraído com Bernardo.

Lauriete, Mayara e Brenda são nomes de uma pequena amostra de todas as dificuldades que as mulheres enfrentam todos os dias. A cobrança pela perfeição está de todos os lados.

De acordo com pesquisas atuais, as mulheres adultas têm 40% de chance de ter problemas de saúde mental. Uma pesquisa divulgada pela Unicamp afirma que o transtorno mental comum é mais suscetível nas mulheres e fatores como a cobrança externa incluencia na saúde a longo prazo.

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