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FUMAÇA DE QUEIMADAS E MUDANÇA DE ESTAÇÃO PODE AFETAR A SAÚDE PÚBLICA

Atualizado: 17 de set. de 2019

Queimadas na Amazônia tem afetado a saúde da população que vive nos Estados aos quais a floresta está localizada.

Por Mariana Turco.


31/08 - Brigadistas do IBAMA tentam controlar pontos de queimadas durante um incêndio em Apui, no Amazonas — Foto: Bruno Kelly/Reuters para o G1.

Desde o mês de agosto queimadas destroem áreas verdes do Brasil, levando uma grande quantidade da população das regiões Norte e Centro-Oeste para postos de saúde e hospitais. Em entrevista para o G1, o diretor-adjunto do Hospital Infantil Cosme e Damião, Daniel Pires de Carvalho contou que 120 crianças foram atendidas com problemas respiratórios de 1 a 10 de agosto, e mais 380 do dia 11 até o dia 20 do mesmo mês.


"Moro em Porto Velho há 20 anos, e esse, com certeza, é o pior período de incêndios. Em alguns dias, não conseguimos nem ver o sol. Isso, aliado ao tempo seco, tem causado muitos problemas de saúde na população", relatou Daniel a equipe do G1.


No Acre o governador Gladson Cameli decretou estado de alerta ambiental devido ao número expressivo de queimadas e suas consequências, no dia 16 de agosto. O nível de poluição no ar estava quase três vezes acima da qualidade ideal para a respiração, segundo dados dos sensores de monitoração.


Consequências da Fumaça para a saúde da população


A fumaça proveniente das queimadas pode afetar muito à saúde das pessoas, agravando doenças respiratórias, como asma, bronquite, rinite e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Segundo a pneumopediatra, Dra Luciana Lopes Albuquerque, em alguns casos, a fumaça pode ser nociva até para pessoas saudáveis.


“Isso acontece porque as partículas presentes na fumaça são formadas de compostos químicos, e quando inalados, afetam o sistema respiratório, prejudicando as trocas gasosas (oxigênio/gás carbônico) ”, explicou Luciana. Ela também alertou a procura por assistência médica quando ocorrer falta de ar, chieira, tosse persistente ou com catarro espesso, febre e qualquer incapacidade de ingerir líquidos (vômitos, prostração, falta de apetite).


Outros fatores de risco a saúde respiratória


Além da fumaça as altas temperaturas e o clima seco elevam o número de casos de gripes e pneumonias. O calor contribui para o aumento da densidade do ar que consequentemente, leva mais tempo para circular e se dissipar. Por isso, em zonas onde a emissão de poluentes é intensa, as partículas tóxicas permanecem por mais tempo no ar. “Esse fator também pode provocar irritações no aparelho respiratório e até mesmo o acúmulo de bactérias do ambiente e nos pulmões. “, disse Luciana.


“Idosos e crianças precisam atenção redobrada. A mucosa deles resseca mais rápido, e dificilmente dizem que estão com sede. Deve-se oferecer líquido frequentemente. ”, alertou a Dra.


Cuidados diários para manter saúde respiratória em dia


Procurar se manter sempre hidratado e o ambiente umidificado, afastam os riscos de contrair doenças respiratórias no verão. É recomendado o uso de toalha umedecida, umidificadores caseiros ou bacias com água nos ambientes mais fechado. Evitar praticar exercícios físicos das 10h às 16h, pois é um dos períodos de maior concentração de poluentes. Evitar locais fechados. Ambientes arejados, ventilados e limpos afastam o risco de doenças respiratórias.


O Dr. Drauzio Varella recebeu a pneumologista Elnara Negri, professora da Faculdade de Medicina da USP, para falar no programa Ao Vivão, em seu canal no youtube, sobre as principais medidas para reduzir os efeitos da poluição no organismo de quem vive exposto a poluição e fatores de risco.




É importante lembrar que não é somente a fumaça de queimadas e o altar temperaturas que contribuem para problemas respiratórios. Pequenas atitudes como, queimar folhas e lixo no quintal de casa, podem afetar a saúde da população próxima a queima. Além de ser proibido pela Lei Municipal nº 947/2007, que proíbe a queima de qualquer natureza dentro do município Boa Vista, como lixo, vegetal ou mato. A população pode denunciar à Central de Atendimento pelo número 156.

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