Representatividade indígena nas telas da Globo: Ellie Makuxi estrelará série hoje após o BBB
Na série Histórias (Im) Possíveis, Ellie interpretará Luara, uma jovem que retorna à sua terra em busca da reconexão com sua ancestralidade. Com mais de 20 mil seguidores nas redes sociais, a acadêmica de jornalismo na (UFRR), influencer e ativista Glauciele Macuxi, de 21 anos, estrelará hoje (17), na série Histórias (Im)Possíveis, uma produção especial do “Falas da Terra” para a celebração da semana dos povos indígenas. A série será transmitida pela Rede Globo dia 17 de abril, às 22:45 horas, após o BBB23. Ellie dividirá tela com Dandara Queiroz que fará papel de Josy e Isabela Santana que interpreta Michelle, o trio será protagonista de uma história criada por três roteiristas negras; Renata Martins, Grace Passô e Jaqueline Souza, e com direção de Graciela Guarani e Thereza de Medicis . No segundo episódio da série Histórias (Im) Possíveis, chamado “Pintadas”, trará no enredo a história de três jovens indígenas, e passará por temas e questões importantes como violência contra a mulher indígena. As três se juntaram para gravar um clipe de rap mas não imaginavam que encontrariam um cenário ambiental devastador, que vai levá-las a um encontro com suas ancestralidades. Ao passar pelo teste online para estrear como atriz na rede globo, Ellie conta que viveu experiências novas. “Tudo era novo para mim. Pude sair pela primeira vez do estado e conhecer o Projac, além de ver como funciona um set de gravação.” relata. Após 10 dias de preparação para dar vida a sua personagem Luara, a influenciadora se identifica com o lado forte de sua personagem. "Acho que essa força que ela tem. Ela carrega toda uma coletividade, nossa cultura, crença, e o principal, luta e resistência para defender o seu povo. Me vejo nela e espero ter essa força na minha jornada." Ellie conta orgulhosa. A acadêmica de Comunicação Social- Jornalismo, também integrou a equipe da Rede Amazon e mediou a primeira oficina do Ciclo de formação complementar com a oficina: Jornalismo Alternativo e/ou Por onde anda o Alternativo do Jornalismo ?, agora no quinto semestre do curso, Ellie conta as suas expectativas para o lançamento do episódio. “Minhas expectativas são de que as pessoas possam ver a diversidade que existe no brasil e que muitas vezes não estamos acostumados a assistir, isso é horrível, mas estamos mudando esse cenário!” A série traz representatividades que vão além das telas e perpassam o âmbito profissional, desde o elenco formado por mulheres indígenas que representam personagens que há muito eram interpretados por não indígenas. “Nossas lideranças lutaram para que chegássemos a diferentes lugares e posições que na sua maioria estão repletos de não indígenas. Eu me sinto honrada em estar nas telinhas podendo representar meu povo Makuxi. Ter participado desse início tão novo e tão necessário da inclusão de indígenas assumindo personagens indígenas me deixa muito realizada.” relata.