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Politica partidária nas comunidades indígenas

Acompanhe a série de matérias produzidas pelos acadêmicos da turma de webjornalismo da UFRR ‘’Vamos apoiar só indígenas, onde vejo que vai ser de fato uma Nova História que os Povos indígenas vão escrever após a homologação de Nossas Terras. ’’ (Foto:Arquivo Pessoal) Mário Nicácio Na Assembleia Geral Dos Povos Indígenas Diante de um novo cenário político em Roraima, a política partidária toma novos rumos nas comunidades indígenas. A historia dos povos indígenas em Roraima passou por um processo de resistência no sentido de garantir a identidade étnica e para isso a luta pelo território foi o primeiro plano a ser implementado, com a demarcação das terras indígenas, conforme Mario Nicacio, 35, líder indígena, atual vice coordenador da Coordenação das organizações indígenas do Amazonas, a maior em seu seguimento no país. ‘’Em reuniões os lideres das comunidades afirmavam que "sem terra não se pode ter saúde, educação e sustentabilidade”. Com a aprovação da constituição federal de 1988 garantiu através dos artigos 231 e 232 o reconhecimento dos direitos dos povos indígenas, ate mesmo o direito de participar das eleições como eleitores e candidatos, O exemplo claro foi a eleição do indígena Mario Juruna o primeiro a ser eleito deputado federal em 1982 com 31 mil votos, representando o estado do Rio de Janeiro. Sua eleição teve uma grande repercussão no país e no mundo. Foi o responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio no Congresso Nacional, o que levou o problema indígena ao reconhecimento formal, no entanto antigamente os povos indígenas focaram em manter viva a identidade tendo o território regularizado e livre, acredita se que a politica não era a pauta prioritária, desde então até aos dias atuais não há registro de nenhum parlamentar indígena eleito. O debate da politica tem si tornado mais presente nas comunidades, principalmente por lideranças, mulheres e jovens indígenas, Mario diz que os debates servem para tentar frear vários atos dos parlamentares, Além de sensibilizar os povos a não serem usados como moedas de trocas para que os políticos a maioria não índios sejam promovidos sem nenhum interesse em ajudar os povos indígenas que a todo custo tenta retalhar todas as conquistas dos povos indígenas referentes aos direitos, principalmente ao tema sobre Terra. ’’, apesar da politica partidária não ser a pauta prioritária no contexto de contribuir para as lutas pelos direitos indígenas, devido a grande quantidade de apoiadores nacionais e internacionais. Telma Taurepang, 45, coordenadora da União das mulheres indígenas do Amazonas, afirma que, ’’ Vejo ainda que precisamos ter de fato um Fórum e buscar especialistas nessa área pra falar as comunidades, como, podemos amadurecer essa discussão, vejo que ainda a tempo, de se fazer uma discussão e sair indígenas Eleitos para o Pleito de 2018. ’’ Ao ser questionada sobre o fato de pessoas nativas na politica Telma relata que a população Indígena tenha de fato um mandato em suas mãos, porque se for eleito um Indígena, ele tenha a consciência que o mandato não é dele e sim dos Povos indígenas Uma das causas da falta de debates relacionada à politica em comunidade originárias era praticamente a falta de informações sobre o que é politica partidária e o que são os parlamentares, não eram explicadas a atuação de cada para os povos indígenas. Conforme Mario, “havia muito preconceito imposto por entidades da igreja, principalmente católica, antropólogos e sertanistas, de que essa pauta não iria ajudar a vida dos povos indígenas”. Com os debates mais frequentes nas comunidades a busca e ter representante indígena legitimam pra defender de fato as questões indígenas, ‘’Vamos apoiar só indígenas, onde vejo que vai ser de fato uma Nova História que os Povos indígenas vão escreve após a homologação de Nossas Terras indígenas. ’’ Com tudo isso se acredita em uma nova geração de lideranças e membros das comunidades, apesar de não ser comum ver candidatos indígenas nas eleições, ainda há timidez de aparecer e afirmar apoio aos candidatos indígenas ainda não se é comum, porém acredita-se que o tempo de indecisão está diminuindo, o líder indígena acredita que “As comunidades precisam de mais informações continuas não somente nos períodos eleitorais, por outra existem muitos eleitores indígenas que em apoio aos seus direitos indígenas e os riscos de retrocessos vivenciados, apostam apoiar as candidaturas indígenas. Mas como falei, mas não é com unanimidade. ’’ A discussão sobre política partidária nas aldeias nunca foi tão intensa quanto em 2018, já há conhecimentos de muitos grupos de pessoas pleiteando uma candidatura, no entanto os desafios são imensos, pois o cenário está muito desgastado por causa da corrupção, mas esse tipo de debate traz um rumo diferente neste espaço, já que os povos indígenas são praticamente a metade da população indígena do Estado.

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