ELEIÇÕES 2022: “Com Bolsonaro no poder a inadimplência bateu recorde no país”, afirma Fábio Almeida
Diversos fatores contribuíram para o aumento do endividamento das famílias brasileiras, tais como, juros elevados e alta taxa de desemprego. Por: Ana Ribeiro, Antonio Duarte, Aymê Tavares, Carlos Rocha, Daniela Batista e Grazielly Maia. Em maio de 2022 o Brasil bateu recorde de inadimplentes , passando de 66,1 milhões, o maior número desde o início da série histórica em 2016. A dívida total saltou de R$ 271,6 bilhões para R$ 278,3 bilhões, aumentando o número de pessoas no cadastro de negativados. O Pré-candidato ao Governo de Roraima Fábio Almeida (PSol) publicou em suas redes sociais sua indignação em relação ao desfavorecimento da população de baixa renda do Brasil. “Vivemos em um cenário em que se luta exaustivamente para sanar os problemas do mercado e em que o custo disso é a ‘sangria do bolso’ e do nome do trabalhador brasileiro. Enquanto isso, as grandes fortunas que, não por acaso, estão concentradas na mão dos herdeiros dos bancos continuam intactas e impunes” relata. “Vivemos em um cenário em que se luta exaustivamente para sanar os problemas do mercado e em que o custo disso é a ‘sangria do bolso’ e do nome do trabalhador brasileiro”. Em entrevista o pré-candidato afirma, que o número de brasileiros endividados no Serasa chegam a quase 70 milhões de pessoas, e que há uma parcela de quase um terço da população brasileira endividada, o que demonstra o empobrecimento do povo, que ficou sem renda devido à política econômica do governo. “Essa população não tem condição de cumprir com as suas obrigações financeiras assumidas. Recentemente o governo baixou uma legislação para tomar casas das pessoas que fazem parte do programa minha casa minha vida. São cidadãos totalmente endividados e você não vê o governo federal desenvolver política alguma para que essas pessoas possam efetivamente sair desse ciclo de dívida”, desabafa. “Essa população não tem condição de cumprir com as suas obrigações financeiras assumidas. Recentemente o governo baixou uma legislação para tomar casas das pessoas que fazem parte do programa minha casa minha vida. O economista Eduardo Gonçalves, faz uma análise sobre o atual cenário. Segundo ele, o pré-candidato faz pontuações pertinentes sobre a situação econômica brasileira e a política adotada pelo governo federal. "A inflação, que assola mais maciçamente as classes mais abastadas, advém da pandemia, da guerra na Ucrânia e também das medidas econômicas e políticas adotadas pelo Governo Federal no enfrentamento a essas problemáticas globais", declara. Fábio Almeida questionou a atual posição administrativa do Governo Bolsonaro ao dizer que a gestão concede anistia a grandes devedores e que para os cidadãos comuns fica a penalização de pagar os juros abusivos que são utilizados pelo mercado e pelo governo. “Isso é fruto do completo descontrole da política neoliberal desse governo que levou 33 milhões de pessoas a estarem passando fome hoje no Brasil. E você não vê política hoje alguma a não ser o auxilio do Brasil que não dá nem para pagar um quarto aqui em Boa Vista”, comenta. Você não vê política hoje alguma a não ser o auxilio do Brasil que não dá nem para pagar um quarto aqui em Boa Vista. Fabio Almeida diz ainda, que uma política neoliberal leva ao desemprego, e à precarização do trabalho, levando o governo a potencializar o financiamento de bancos no orçamento de 2022. Conforme ele, o Governo Federal destinou 1,9 trilhões de reais para financiamento de bancos, isso representa 52% do orçamento do brasileiro. "Então mais da metade do nosso orçamento federal é direcionado para financiar bancos, enquanto o povo sofre diante da ausência de políticas públicas que gerem emprego”, diz o pré-candidato. Almeida completa dizendo que o marco neoliberal que o governo adota de privatizações e desregulamentações é o motivo que leva o povo a estar nessa situação de empobrecimento , endividamento e fome. Quando perguntado sobre a possível solução para a atual crise econômica nacional, Fábio questionou a negligência do atual presidente e sua “trupe” que, segundo ele, fizeram por onde para garantir a imunidade financeira de um "sistema vil e cruel". Para o pré-candidato, o que devia ser feito é a taxação das grandes fortunas; uma redistribuição de renda; e o fim da supremacia dos bancos causadores do endividamento do brasileiro. O economista Eduardo Gonçalves se aprofunda mais no tema tratado pelo pré-candidato e comenta que um ponto importante aí seria uma possível escolha de medidas para contornar essa situação. “A taxação de grandes fortunas e heranças, assim como a descentralização econômica dos grandes bancos, são medidas adotadas em diversos países no globo, defendidas por diversos estudiosos, que podem, nesse momento, serem utilizadas como estratégia”, argumenta. “A taxação de grandes fortunas e heranças, assim como a descentralização econômica dos grandes bancos, são medidas adotadas em diversos países no globo, defendidas por diversos estudiosos, que podem, nesse momento, serem utilizadas como estratégia”. * Conteúdo experimental desenvolvido na disciplina de JOR53 - Jornalismo Especializado I.