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De influenciadores digitais a figuras públicas da política brasileira

Além de serem referências do que consumir, digitais influencers são responsáveis por promover debates políticos.   Por Amanda Araújo, Lilian Morais e Ana Luiza Cardoso*. A internet deu voz a muita gente e a prova disso é uma nova tendência que tem sido criada no cenário político: influenciadores digitais que se transformam em figuras políticas ou candidatos a cargos eletivos. Esse fenômeno ilustra a crescente importância das redes sociais como plataformas de influência e mobilização, onde personalidades online com milhões de seguidores estão agora moldando políticas e assumindo papéis de liderança.   Os influenciadores digitais construíram suas reputações em plataformas como YouTube, Instagram, TikTok e Twitter, criando conteúdos que variam de tutoriais de beleza a críticas sociais. Com o tempo, alguns começaram a usar as redes para discutir questões políticas, promovendo causas sociais e mobilizando seguidores. Esse engajamento cresceu até que a transição para a política formal se tornou um passo natural. Um grande exemplo disso, é a ex-jornalista Joice Hasselmann , que ganhou notoriedade nas redes sociais antes de se eleger deputada federal em 2018. Sua presença online foi fundamental para a construção de sua base eleitoral, utilizando vídeos e postagens para criticar adversários políticos e promover suas agendas. Hoje em dia, ela se denomina “comentarista política” no Instagram e conta com mais de 600 mil seguidores.   No entanto, nem todos os influenciadores conseguem converter os seguidores em votos. Amandinha Dias , blogueira de Roraima , se candidatou ao cargo de vereadora em Boa Vista pelo PSDB. Apesar de ter 50 mil seguidores, obteve apenas 216 votos nas eleições, mostrando que a popularidade nas redes sociais nem sempre se traduz em sucesso eleitoral. Além disso, muitos influenciadores utilizam as redes sociais para criar um nicho voltado para assuntos políticos. Marcelo Batista , estudante de medicina, afirma que, apesar de usar a internet e consumir conteúdo político, não acredita que as subcelebridades precisam se posicionar politicamente. “Provavelmente essas opiniões escondem uma estratégia de marketing, eles só querem chamar a atenção do público de forma positiva. Não necessariamente acreditam naquilo, o objetivo é alcançar mais público”, disse. * Grupo 5 . Conteúdo experimental produzido no escopo da disciplina JOR53 – Jornalismo Especializado I.

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