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ELEIÇÕES 2018 - PSOL, o nanico bom de briga

Atualizado: 12 de dez de 2018

Por Fabrício Araújo

Boulos demonstrou a coerência entre atitudes e discurso do partido

Que o PSOL faz muito barulho é inegável.


O partido é recente, nasceu de petistas que já não sabiam lidar com as posturas que aproximavam o PT da direita e que acabaram expulsos do Partido dos Trabalhadores por fazerem oposição a recomendação do PT em uma votação que retirava direitos dos servidores públicos em 2003, logo no primeiro ano de mandato de Lula.


Heloísa Helena, João Fontes e Luciana Genro foram expulsos, mas antes mesmo a isso já estavam se preparando para articular uma nova frente que não fugisse da proposta de socialismo que idealizavam, já que o PT mantinha um discurso com base socialista, mas para obter governabilidade e poder se "endireitava" cada dia mais.


Desde então o partido passou a agir como oposição ferrenha as inconsistências que o PT tem apresentado, mas sem se deixar levar pela onda anti-petista de ódio irracional acima de tudo. O PSOL é o oposto de partidos como o MDB e PSDB, assim como é exatamente o que PT finge ser: Um caminho viável para construir um sistema socialista com vontade de acertar os erros que ocorreram no passado.


A primeira eleição com um candidato a presidência do PSOL ocorreu em 2006. E nos debates daquele período eleitoral o partido já mostrava a que veio: Para ser o diferente, o que provoca e faz pensar, o que leva ao debate questões sociais.


A candidatura de Luciana Genro em 2014, por exemplo, rompeu com os debates que se dependesse dos outros candidatos seria o velho feijão com arroz (economia). O feminismo e o movimento LGBTQI+ ganharam espaço graças a Genro.



Em 2018 as eleições foram absurdamente polarizadas. No centro do jogo estava a democracia. Mais uma vez, nos debates de TV, quem quebrou o debate sobre economia e debateu sobre a democracia foi o candidato do PSOL, Guilherme Boulos.



Durante todo o período de campanha eleitoral Boulos se mostrou um defensor da democracia, em nenhum momento voltou atrás em seus posicionamentos. Ciro, por exemplo, defendeu o movimento #elenão e depois voltou atrás, já Boulos manteve um discurso positivo mesmo quando o movimento de mulheres foi erroneamente acusado de favorecer Jair Bolsonaro.


Chegamos ao segundo turno. Tínhamos o partido de "esquerda" que o o PSOL pretende não ser e a temida ameaça a democracia. Diante deste cenário qualquer posição soaria incoerente para o PSOL, mas em um cenário em que a defesa da democracia foi o centro do jogo o ideal foi exatamente o que Boulos fez. Declarar apoio ao PT para tentar que dos males fossemos atingidos pelo menor.


É inegável, PSOL é um baixinho bom de briga, que sabe fazer barulho e a diferença no cenário político do Brasil.

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