O treino diário da modalidade pode trazer inúmeros benefícios à saúde, confirma pesquisa.
Por: Raianne Dias
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Muito conhecida no Brasil e no mundo, a dança do ventre vem ganhando cada vez mais espaço nas escolas de dança espalhadas pelo país, não é por menos, essa milenar arte da cultura oriental é uma grande aliada em vários aspectos do corpo e da mente dos seus praticantes, principalmente para as mulheres.
Em Roraima não é diferente, aqui muitas pessoas têm encontrado na dança do ventre uma opção para sair do sedentarismo e adquirir autoconhecimento, como é o caso da aposentada Edinir Lima, de 58 anos, que há quatro meses está praticando a modalidade. “Nesse pouco tempo, eu senti que fiquei mais flexível, notei melhorias em meu corpo e ganhei mais segurança”, contou.
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Já para a professora, Irineide Ximenes (39), a dança não só melhorou a autoestima, como a ajudou na flexibilidade do corpo e na sensação de bem-estar. Ela conta que há três meses vem participando das aulas e que a vontade de praticar a dança surgiu há muito tempo. “A minha mãe trabalhou em casa de árabes, então desde criança já é algo que tenho admiração e desejo, mas as condições financeiras e de trabalho, nunca eram favoráveis, só agora que estou podendo custear o curso e realizar esse sonho antigo”, disse Irineide.
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Conforme estudo desenvolvida pela pesquisadora Janete Capel Hernandes, a dança do ventre pode melhorar a qualidade de vida das mulheres tanto física, como psicologicamente se praticado ao menos duas vezes por semana. Os dados analisados revelaram resultados significativos na saúde das alunas.
De acordo com o estudo, isso acontece, pois, a modalidade envolve todo o corpo; trabalha a respiração, o metabolismo, a postura, a região pélvica e a coordenação motora, além de auxiliar também; na criatividade, no raciocínio, na aceitação da imagem corporal, no bem-estar e contribui para a redução de sintomas clínicos como ansiedade e depressão.
Sintomas esses que aumentaram consideravelmente durante a pandemia ocasionada pela Covid-19 no mundo. No Brasil, as mais afetadas emocionalmente foram as mulheres, com 40,5% de sintomas de depressão, 34,9% de ansiedade e 37,3% de estresse.
Os números são de uma pesquisa publicada ainda esse ano, com homens e mulheres, pela equipe do neuropsicólogo Antônio de Pádua Serafim, do Instituto de Psiquiatria – IPq, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP, que ouviram mais de três mil voluntários em várias regiões do país.
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Segundo artigo publicado no blog Central da Dança do Ventre, pela especialista em Pedagogia da
Dança e Pós-Graduanda em Dança e Consciência Corporal, Olympia Silvério, a dança do ventre não só ajudou, como não permitiu que a tristeza e outros malefícios decorrentes do isolamento social, tomassem conta de quem a praticou.
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Para a coreografa e professora de dança do ventre em Roraima, Simone Sahirah, o início da pandemia foi bem difícil, pois muitas pessoas estavam com receio e preferiam manter as aulas online, atualmente, há uma grande diferença na procura e nas matriculas para as aulas presenciais.
Simone afirma que depois da flexibilização do isolamento social, o retorno foi devagar, com número reduzido de vagas, faixas separando as ilhas para cada aluna, uso obrigatório de máscara, disponibilidade de álcool em gel na entrada e medida de temperatura. Para ela, mesmo com todas essas dificuldades é importante continuar oferecendo essa modalidade de dança no Estado. “Ainda é uma fase de abranger a "Cultura árabe", por ser um lugar que tem outro tipo de cultura, o trabalho é árduo para aumentar o número de adeptos, que ainda é considerado pequeno com relação as grandes capitais”, completou.
Simone que já tem mais de 10 anos de experiência em danças orientais, complementa que a modalidade não só ajuda o corpo, mais transformam vidas com autoestima e autoamor.
Apresentação de Simone Zahirah, no Teatro Municipal de Boa vista com folclore árabe, "Dança do Jarro", com suas alunas do nível Intermediário.
Artista: Hijazy Metkal
Música: Bos al Halawa Long Version