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MEU NEGÓCIO: Cresce o número dos chamados empresários por necessidade.

Atualizado: 20 de jul. de 2022

O fluxo de empresas criadas nos últimos dois anos aumentou significativamente segundo especialistas,


Por Phueblo Caliri


A crise econômica gerada pela pandemia fez com que surgissem novos negócios no Brasil. Isso porque, com as demissões e postos de trabalhos fechados, muitas pessoas precisam empreender para garantir renda. A jovem Beatriz Pinho faz parte deste público. Aos 23 anos ela montou uma empresa de incensos e produtos naturais.



Nos últimos dois anos, a criação de novas empresas aumentou 8,6% em relação ao de empresas ativas com funcionários assalariados, segundo os últimos dados de julho desde ano divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE).


Em contrapartida, os dados mostram a queda de 1,8% no número de assalariados, o que representa mais de 46 milhões de desligamentos e cerca de 825 mil postos de trabalho fechados ao ano. E é neste cenário que surgem os empreendedores como a jovem Bruna.


Formada em direito, ela apostou na criação

do negócio mesmo diante das incertezas da economia. A jovem empresária se diz feliz com a escolha, embora existam os desafios e barreiras do mercado.


“Foi uma infinidade de coisas que me fez empreender desde a facilidade que eu tenho de me comunicar até a possibilidade de vender algo que eu sempre gostei”, diz ela.

Para se preparar e seguir um caminho diferente ao da graduação, ela apostou na qualificação, para entender o ramo que seguiria como fonte de renda.


"Minha maior dificuldade foi a pressão e o medo de dar errado, pois eu já tinha histórico de um negócio que não deu certo. Além de produção de conteúdo para internet e conhecimento específico da área do comércio. Eu precisei de consultoria para entender como funciona fluxo de caixa e outras coisas que podem acabar com um negócio se você não domina”


A empresaria com a unidade fisica da empresa (Foto Phueblo Caliri)


De maneira geral, Roraima seguiu a tendência nacional de abertura dessas pequenas empresas, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O analista Gabriel Martins é Analista acompanha esse processo a atribui à necessidade de fonte de renda como um dos fatores primordiais para o crescimento.


“Em um cenário de recessão econômica no qual o desemprego vai aumentando, as pessoas tem que ter uma fonte de renda e o empreendedorismo é necessidade e oportunidade e por isso o fluxo de empresas vem aumentando nos últimos dois anos”, explica.

Muitos desses empreendedores surgiram da informalidade e acabaram sendo vítimas de problemas causados pela falta de informação. Ainda segundo o analista, a formalização do negócio diante dos órgãos competentes é importante para a sobrevivência e também para a segurança que quem empreende.


A regularização dá ao empresário vantagens como emissão de notas fiscais - na prestação de serviços públicos é uma exigência do processo seletivo, assim como outras vantagens como aposentadoria, auxílio-desemprego, entre outros.


Desafios


Outra barreira encontrada por quem decide empreender por necessidade é a falta de conhecimento de gestão, o que gera uma série de erros que podem levar ao fechamento do negócio.


“Quando você formaliza um negócio e trabalha por necessidade nem sempre você tem formação e vai no empirismo então a gente observa que tem esse fluxo de pessoas que fecham os negócios por falta de gestão”, pontua o analista.

O Sebrae oferece aos novos empresários serviços de orientação sobre abertura de novos negócios. O processo é gratuito e garante ao usuário orientação desde nichos de negócio, formalização e acompanhamento pós abertura.


Sebrae oferece cursos e orientações gratuitas (foto divulgação)


O que é um MEI?


O Microempreendedor Individual (MEI) é uma figura jurídica do Brasil, é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário, para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar até oitenta e um mil reais por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular, o MEI também pode ter um empregado contratado que receba um salário mínimo ou o piso da categoria


CARACTERÍSTICAS DE UM MEI


O Microempreendedor Individual fatura até R$ 81.000,00 ao ano, ou seja, uma média de até R$ 6.750,00 por mês. Para ser um MEI o Microempreendedor deve exercer alguma das atividades permitidas conforme a legislação, como exemplo: Fotógrafo, Pedreiro, Pintor, Eletricista, Diarista, Costureira e Artesãos, Boleira, Salgadeira, Vendedor de Cosméticos, Vendedor de Roupas, Técnico de Informática, entre outros.


CONDIÇÕES PARA SER UM MEI:

  • Não participar como sócio, administrador ou titular de qualquer outra empresa, mesmo que essa esteja inativa ou sem qualquer movimento.

  • Ter mais de 18 anos ou entre 16 e 17 anos emancipado.

  • Não ser estrangeiro com visto provisório.

  • Não ser servidor público (com exceções de legislações específicas do estado/município).

  • Respeitar o limite de contratação de no máximo 1 funcionário.

PASSO A PASSO PARA ABRIR UM MEI

1. Acesse o Portal de Serviços do Governo Federal e crie uma conta com login e senha. Quem já tiver o cadastro, basta clicar em “Entrar” no canto superior direito;

2. Após realizar o login, acesse o Portal do Empreendedor e clique em “Quero ser MEI”;

3. Se ainda tiver dúvidas se a atividade que você exerce é permitida no cadastro do MEI, clique em “Quem pode ser MEI”;

4. Caso sua ocupação se enquadre, clique em “Formalize-se”;

5. Preencha todo o questionário.

No vídeo abaixo o contador André Montenegro da dicas para a inscrição.



Mais informações SEBRAE - RR TEL: 0800 570 0800



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