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  • Foto do escritorCarol Domingos

Luta, União e Conquistas marcam o primeiro dia da celebração dos 50 anos do CIR

Atualizado: 20 de jan. de 2023

“Meio século não são 50 dias, nem 50 horas! É meio século de muita união, muita luta, resistência e conquista”, destacou a secretária Geral do CIR, Maria Betânia Mota de Jesus.

Cerimônia de Abertura do evento de Comemoração dos 50 anos do CIR. Foto: Pedro Alencar .

A celebração das cinco décadas do Conselho Indigena de Roraima (CIR), deu início nesta segunda-feira, 17, no Centro Regional Lago Caracaranã, Terra Indigena Raposa Serra do Sol, município de Normandia. O evento é marcado por um “tempo de alegria”, conforme palavras do vice-coordenador da entidade Enoque Taurepang, devido a nomeação das lideranças Sônia Guajajara para o Ministérios dos Povos Indígenas e Joenia Wapichana para presidência da Funai.


O CIR é uma organização sem fins lucrativos que teve origem em 1971, com a finalidade de garantir e preservar os direitos indígenas. O tema principal da comemoração dos 50 anos é União, Luta, Resistência e Conquista. A programação do primeiro dia incluiu, além da abertura, a bênção dos Pajés (ritual do maruwai e da pimenta) e a dança do Parichara.


Momentos marcantes do primeiro dia da celebração dos 50 anos do CIR Foto: Pedro Alencar.


Para o Coordenador Geral do CIR, Edinho Batista de Souza, a solenidade mostra o crescimento e o progresso na causa indigena, reforçando a visibilidade alcançada pelos povos indígenas no decorrer dos anos.


Essa Terra é nossa! Se alguém disse que um dia iria nos vencer, se enganou! Hoje nós estamos aqui, aos milhões para dar o recado ao Brasil e ao mundo: Nós existimos! Nunca mais esse povo aqui vai ser dizimado! Porque nós temos força para lutar! Porque nós temos garra para dizer que nós estamos aqui!”, afirmou.

A festividade celebra o marco da primeira Assembléia dos Tuxauas, que ocorreu em 1971, portanto, o Conselho Indigena de Roraima já tem 52 anos de existência. A comemoração foi postergada devido a pandemia de Covid-19. Mas, hoje, faz referência ao início do Movimento Indigena Organizado em Roraima e relembra as lutas e objetivos iniciais dos Tuxauas, como explicou o vice-coordenador geral, Enock Taurepang.


“É importante dizer que o CIR já tem 52 anos de existência. A gente fala de 50 anos por um motivo de celebração! Agradeço a todos pela caminhada, pelos conselhos, pelas brincadeiras! Eu sou vocês e vocês são eu! E Nós somos o CIR!”, disse Enock Taurepang.

Depois da apresentação de todos os Ex-Coordenadores presentes, procedeu-se a Leitura da Carta de Memória do CIR, conduzida pelas jovens indígenas Carla Jarraira Macuxi e Valderniza Pereira. Depois dessa atividade houve a pausa para o almoço comunitário, para todos os participantes. A tarde, com a continuidade das discussões, foi o tempo de ouvir a fala de cada Coordenador e Ex-coordenador presente.


Além disso, o evento contou exposição e venda de artesanatos e encerrou o dia com uma apresentação de um documentário que mostrou o símbolo do movimento ao longo das cinco décadas e registrou a persistência, a resistência e a resiliência dos povos indígenas de Roraima.


Leitura da Carta de Memória do CIR e detalhes da ambientação do Centro Regional do Lago Caracaranã Foto: Pedro Alencar.



CIR

O Conselho Indigena de Roraima (CIR) é uma organização sem fins lucrativos buscando e preservando os direitos e interesses indígenas voltado a políticas públicas, deu inicio com a primeira Assembleia dos Tuxauas que foi realizado em 4 de janeiro de 1971 na comunidade do Surumu, municipio de Pacaraima.



PROGRAMAÇÃO


16 de Janeiro

7h30 - Benção dos Pajés (ritual do Maruwai e da Pimenta)

8h às 12h - Acolhida de todos com Tukui, Parichara e apresentação

14h às 17h - Recepção dos coordenadores do CIR (1988 a 2023)

14h - Leitura da Memória do Cir e fala dos coordenadores

19h - Documentário “CIR 50 anos”


17 de Janeiro

7h30 - Ritual do Maruwai

8h às 12h - Histórico do CIR contado pelas lideranças indígenas e parceiros de 1970 a 2021

14h às 18h - Exposição de artes e fotografias, artesanatos, músicas regionais do movimento e Feira de produtos

19h - Noite cultural


18 de Janeiro

7h30 - Ritual do Maruwai

8h às 12h - O que queremos para os próximos 50 anos ?

16h - Exposição de artes e fotografias, artesanatos, músicas regionais do movimento e Feira de produtos

19h - Noite cultural


19 de Janeiro

7h30 - Ritual do Maruwai

8h às 12h - Agradecimento e homenagens as lideranças, parceiros e amigos (as) da causa indigena

14h às 17h - Ato de união com feixe de vara, carta de compromisso e plantar arvores da resistência

19h - Encerramento


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