Encontro realizado nesta segunda-feira (30/10), envolvendo representantes de partidos políticos de esquerda e centro-esquerda e movimentos sociais, aprovou a transformação do mês de novembro, no estado de Roraima, em um período de luta e manifestações em defesa dos palestinos, sua autodeterminação e a consolidação de seu Estado.
A agenda começará no dia 06/11/2023 com a realização de um encontro de formação histórica, política e social aos membros das organizações promotoras e a sociedade em geral para que possam compreender a violência imposta, pelo governo de Israel, ao povo palestino. O genocídio cometido, pelo exército israelense, na região denominada Faixa de Gaza demonstra o caráter bélico e imperialista do governo sionista, sendo necessário a comprensão deste processo histórico para os participantes da reunião.
O término da programação será no dia 29/11/2023 com a realização de um ato público em reconhecimento do Estado da Palestina, aprovado pelo ONU por meio da resolução 181, de 29/11/1947. O ato denunciará a barbárie protagonizada pelo governo de Israel, com apoio dos EUA, que já matou 8.005 pessoas, segundo dados do ministério da saúde dos territórios palestinos, sendo 73% das pessoas assassinadas pelos bombardeios crianças, mulheres e idosos.
O conflito iniciado em 07/10/2023 quando o Hamas atacou regiões israelenses e depois com a resposta desproporcional do Governo Sionista de Israel, aos territórios palestinos, matou, até a data de ontem, 3.389 crianças, sendo: 3.324 na Faixa de Gaza, 36 na Cisjordânia e 29 em Israel. O número de crianças feridas somam 6.614, sendo: 6.360 em Gaza, 180 na Cisjordânia e 74 em Israel. nestes 23 dias de confrontos temos a morte de 147 crianças por dia, majoritariamente crianças palestinas, tendo em vista que Israel não sofre novos ataques do Hamas, desde o dia 10/10/2023.
O assassinato de crianças representava em 30/10/2023 36% do total de óbitos no conflito entre o Israel e o grupo Hamas. Ao considerar apenas as mortes ocorridas dentro do território da Faixa de Gaza, esse percentual sobe para 41%. O ministério da saúde de Gaza aponta que cerca de 1.800 pessoas estão desaparecidas, sendo 1.000 crianças. Segundo as informações do órgão responsável pela gestão dos serviços de saúde, em parceria com o crescente vermelho e a ONU, as pessoas encontram-se sob os escombros dos prédios destruídos nos bombardeios realizados por Israel.
ONU
A Organização das Nações Unidas, tenta por meio de seu conselho de segurança, cuja presidência é exercida até hoje pelo Brasil, a aprovação de uma resolução que permita a entrada de ajuda humanitária para alimentar e abastecer de água potável cerca de 2,5 milhões de pessoas que moram no território de Gaza - boa parte destas obrigadas a se deslocar para o sul da região. Além de garantir a entrada de insumos de saúde para atender as pessoas feridas nos bombardeios, número esse que ultrapassou a marca de 27 mil pessoas em Gaza.
Outra medida cobrada por multidões pelas ruas do mundo é um cessar fogo imediato, no intuito de preservar vidas dos palestinos e permitir a saída dos estrangeiros que residem na região. No entanto, o governo de Israel assume uma posição contrária. Em discurso realizado ontem, o primeiro ministro israelense, afirmou que a aprovação de uma suspensão dos ataques, pelos membros do conselho de segurança, não será obedecida pelo governo sionista.
Atos em Roraima
A organização dos atos promoverá a entrada de Roraima no roteiro internacional de solidariedade ao povo palestino, denunciando os crimes de guerra e o genocídio cometido pelo Estado de Israel, conforme aponta relatório da ONU, ao apontar fortes evidências de que as forças armadas israelenses com a destruição de escolas, unidades de saúde, residências, templos religiosos e a infraestrutura básica, além do corte no fornecimento de água e energia promove uma política de extermínio de um povo.
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