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Empreendedora usa criatividade e produz chocolates em formatos eróticos em RR: ‘ser diferente’

Atualizado: 15 de jun. de 2022

Por Ruan Carneiro e Yara Ramalho


Alice Lopes, de 28 anos, iniciou as produções na Páscoa deste ano. Estimativa prevê movimentação de R$ 3,3 milhões para a data comemorativa no comércio do estado.



Foto: arquivo pessoal


A inovação e a criatividade são formas de potencializar as vendas e chegar até o consumidor. Com a chegada do Dia dos Namorados neste mês de junho, a roraimense Alice Lopes, de 28 anos, decidiu focar no público adulto e despertar a atenção de casais com a venda de chocolates com formatos eróticos.


A empreendedora iniciou a venda dos doces durante a Páscoa de 2022. Com o retorno positivo, ela decidiu prolongar as vendas.


“Tudo começou na Páscoa desse ano. Eu tive um ótimo retorno com os chocolates eróticos e decidi fazer novamente para o Dia dos Namorados”, explicou.

Vender doces eróticos no período Pascoal foi uma ideia que surgiu com um dos empregos da empreendedora, que também é dona de uma loja virtual de roupas e produtos eróticos.


No entanto, os pedidos para este mês vieram através dos desejos dos próprios clientes.


“Os clientes me mandavam fotos [dos chocolates eróticos]. Eu achei a ideia muito interessante e optei por fazer”, ressaltou.


As vendas do Dia dos Namorados devem movimentar cerca de R$ 3,3 milhões no comércio varejista do estado, conforme o levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Roraima (Fecomércio).


O assessor econômico da Fecomércio de Roraima, Fábio Martinez, explica que o número apresenta um crescimento de 1,3% em comparação com o faturamento do ano passado – aproximadamente R$ 2,9 milhões.


“O resultado é muito bom, ele está na contramão da média nacional. Enquanto na média nacional a gente deve ter um dia dos namorados com menos vendas, em Roraima a gente vai ter um crescimento das vendas, principalmente por conta do comércio estar mais aquecido”, ressaltou Fábio.


Além disso, o quadro de emprego formais está mais positivo no estado e agrega a renda prevista para o período, segundo o economista.


Alice contou que a demanda aumentou durante a data comemorativa. Até a última sexta-feira (10) ela já havia vendidos 40 caixas do produto.


O cardápio de doces é composto por duas opções de chocolate: ao leite ou branco. O doce pode ser recheado com brigadeiro ou beijinho, uma mistura de coco ralado com leite condensado, seguindo o desejo do cliente.





Os chocolates são em formatos de pênis, vulva e até posições sexuais. Além disso, o cliente pode optar por uma caixa de brigadeiros decorados com frases sexuais. O produto custa R$ 35.


De acordo com a empreendedora, as reações dos clientes “são demais” e eles costumam mandar bons feedbacks sobre os doces.


Utilizar a criatividade é uma forma de revolucionar os modelos de negócio. De acordo com o economista, a inovação possibilita uma margem maior de lucro e auxilia no crescimento da empresa.


“A criatividade é muito importante para os empreendedores. Desde elaborar projetos inovadores que reduzam o custo de produção de algum item, como de repente criar novos produtos ou serviços que atendam as demandas, problemas ou anseios da sociedade, como também formas de divulgar melhor os seus produtos atraindo uma clientela maior para a compra desses produtos”, explicou o economista.


Alice também considera que a criatividade é muito importante para um bom empreendedorismo. Ela conta que nesse período do ano há muitos concorrentes e o diferencial chama a atenção.


“Tem que ser diferente para chamar a atenção dos clientes, ainda mas nessa época do ano em que tem várias concorrentes no mercado”, pontuou.

Vitrine de vendas


Sozinha, a criatividade não é o suficiente para a construção do negócio. Segundo Fábio, o empreendedor precisa pesquisar, analisar e conhecer bem o serviço que quer oferecer.


“Não basta apenas esperar ter o dom da criatividade ou ficar ouvindo uma inspiração. Você tem que estar pesquisando, analisando e conhecendo bem o seu negócio e as áreas afins. De repente através dessa interação, desse conhecimento, é que vem ideias inovadoras para poder desenvolver e melhorar o seu negócio”, destacou.


Fábio explica, ainda, que a pandemia da Covid-19 fez com que os empresários utilizassem outros meios de vendas, como as redes sociais.


“A gente sabe que hoje em dia todo consumidor carrega consigo um celular e praticamente todos eles tem algum tipo de rede social ou algum tipo de aplicativo de mensagens que possibilita uma interação de modo instantâneo com o consumidor”, relatou.



Foto: arquivo pessoal


Essa interação abre um leque de possibilidades e as redes sociais se tornam

“vitrines de vendas”, criando um desejo nos clientes.


Alice concorda com a análise e considera a internet como aliada que pode alavancar as vendas. Neste mês, foi o Instagram quem trouxe seus primeiros clientes.


“Lá [nas redes sociais] eles compram que é uma beleza. Eu divulgo em todas as redes sociais, o Instagram e o Facebook são de onde vem muitas vendas”, explicou ela.


O número previsto pela Fecomércio não inclui o lucro arrecadado por floriculturas, bares, restaurantes e motéis. A venda de cestas de cafés da manhã e chocolates, como os de Alice, também não entram na estimativa.


“Esse valor estimado pela Federação do Comércio inclui apenas o comércio varejista. Todo segmento de serviços que também tem suas vendas aumentadas nesta época como floriculturas, bares, restaurantes e motéis não estão estimados nesse valor de faturamento”, afirmou.


A estimativa da Fecomécio é realizada com base na movimentação econômica do Brasil e na realidade socioeconômica de Roraima.



Foto: arquivo pessoal

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