Documento organizado pelo Greenpeace Brasil já conta com mais de 369 mil assinaturas
Um abaixo-assinado organizado pelo Greenpeace Brasil pede que o Ministério da Justiça e Segurança Pública tome todas as medidas necessárias para proteger a vida e integridade física dos povos indígenas do país.
De acordo com o documento, o Ministério da Justiça precisa impedir imediatamente que garimpeiros invadam e destruam aldeias e comunidades indígenas no Brasil.
Como exemplo dos atos de violência contra povos indígenas no país, o abaixo-assinado relembra o atentado contra lideranças do povo Munduruku no dia 26 de maio deste ano.
As lideranças tiveram as casas queimadas por garimpeiros na aldeia Fazenda Tapajós, como retaliação a uma operação da Polícia Federal que combatia o garimpo ilegal dentro de terras indígenas.
Além disso, a organização cita também os constantes ataques armados realizados por garimpeiros contra indígenas Yanomami este ano em Roraima.
“Ambos os ataques, contra os Yanomami e os Munduruku, representam uma escalada inadmissível da violência contra os povos indígenas, inclusive dentro de suas aldeias, e são fruto da política anti-indígena e anti-ambiental do governo de Jair Bolsonaro”, relata a organização no abaixo assinado.
Em entrevista ao Amazoom, o presidente do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuanna (Condisi-YY), Junior Hekurari, afirmou que a omissão da Funai e do Governo Federal na proteção das Terras Indígenas tem resultado no aumento de crimes contra os povos tradicionais.
"Até mesmo o presidente da República incentiva a garimpagem no território indígena. Estamos sozinhos, por isso estamos revoltados. A gente quer a segurança permanente”, explicou.
Atualmente, o abaixo-assinado já conta com mais de 369 mil assinaturas e pode ser acessado neste link. No documento, a Greenpeace Brasil exige do Ministério da Justiça:
Ações que garantam a segurança das lideranças indígenas que resistem à invasão e destruição de seus territórios.
Retirada imediata de todos os invasores (madeireiros, garimpeiros e grileiros) que ocupam terras indígenas.
Demarcação das mais de 800 terras indígenas ainda não reconhecidas pelo Estado.
Fonte: Aysha Bellido e Fernanda Fernandes
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