Bryan Chrystian
29 de nov de 20182 min
Atualizado: 13 de abr de 2019
Por Ana Carolini Gama
O banqueiro João Dionísio Amoêdo, de 55 anos, tem um currículo extenso: é formado em engenharia e administração de empresas, ex-diretor-executivo do Banco BBA Creditanstalt, vice-presidente e membro do Conselho de Administração do Unibanco, e do Conselho de Administração do Banco Itaú BBA. O empresário é um dos fundadores do Novo, partido pelo qual concorreu à Presidência da República.
Em 2011, com um grupo de aproximadamente 180 pessoas (em sua maioria banqueiros e empresários), nasceu a ideia de fundar o Novo, que foi oficialmente registrado do TSE em 2015. Nas eleições do ano seguinte, em 2016, o partido conseguiu eleger quatro vereadores (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte) e, nas eleições deste ano, elegeu 8 deputados federais e 12 deputados estaduais em 5 estados. Além do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, nas disputas do 2º turno.
Além de Amoêdo, que possui um patrimônio declarado de aproximadamente R$455 milhões, outro criador do Novo foi o também engenheiro Ricardo Coelho Taboaço, que estabeleceu sua carreira no alto escalão de instituições financeiras, sendo diretor do Grupo Icatu e vice-presidente do Citibank.
O Presidente do partido ressalta em suas entrevistas, o Novo construído por cidadãos, gente comum, descontente com os altos impostos, com os descasos dos serviços públicos e que resolveu se juntar. De “simples”, os 'pais' do Novo não têm nada. São multimilionários, banqueiros e grandes empresários, que desenvolveram através do lucro e do monopólio que os bancos impõem ao povo trabalhador. Os bancos ganham loucamente, e ainda pagam menos impostos do que os trabalhadores assalariados.
Em entrevista à Época, João Amoêdo declarou que o país deve privatizar as empresas estatais, como Petrobras e Banco do Brasil, para melhorar a gestão do setor público.
Confira a entrevista completa aqui
Sem dúvidas, concluímos: combater o privilégio que a minoria da população tem, enquanto 99% dos brasileiros sofrem com a recessão econômica, definitivamente não é, e jamais será, uma proposta do Novo.
Por fim, o partido tem exaltado que abriu mão do Fundo Partidário, empregando isso como um modelo de honestidade. Mas acordemos, quem necessita do Funda Partidário quando se tem milhões de reais do bolso dos próprios integrantes? Dinheiro, de fato, não é problema para o partido.